Programa Em Cima do Salto

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27.5.10

Travesti faz doutorado em universidade pública


Como funciona o primeiro curso para gays, lésbicas e simpatizantes, aberto em São Paulo? E Quem é a primeiro travesti a fazer um curso de doutorado numa universidade pública brasileira?

'O curioso' quadro do "Fantástico", apresentado por Lázaro Ramos, embarcou em uma viagem para o Ceará para conhecer mais sobre a história de Luma Andrade - a primeira travesti a fazer um curso de doutorado, e apresentou ainda em Campinas, a primeira escola LGBT, onde os alunos têm aulas de teatro, web design, revista, cinema e dança.

Desde os nove anos, Luma Andrade (ou João Filho Nogueira de Andrade) sofre preconceito por ser “diferente”. Agora, aos 31 anos, para compreender essa rejeição, Luma Andrade – como prefere ser chamada – ingressou no doutorado em Educação na Universidade Federal do Ceará, tornando-se, oficialmente, o primeiro travesti a alcançar esse nível da carreira acadêmica no país, de acordo com a ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Ela é também servidora concursada do Estado, na Secretaria da Educação, onde coordena 28 escolas em 13 municípios do interior do Ceará.

Já a iniciativa da criação da primeira escola LGBT é pioneira no país e quer difundir a cultura LGBT através de cursos abertos a toda a juventude, independente da orientação sexual. Tal motivação fez com que o grupo E-Jovem firmasse parceria com o Estado de São Paulo para então criar a Escola E-Jovem. A escola é um Ponto de Cultura e oferece aos participantes aulas de criação de revista, de dança, de música, TV, teatro e performance drag, entre outras. Todo o material produzido durante as aulas são posteriormente distribuídos por todo o Estado.

Abaixo, a matéria completa.


19.5.10

Passeio pelos pontos turísticos da cidade de Uberlândia

O Projeto "Conhecer para (trans)formar" dentro do Programa em Cima do Salto, realizou nesta terça feira, dia 18 de maio, mais uma atividade com as Travestis participantes. Desta vez, fizemos um passeio pela cidade de Uberlândia, passando pelos pontos turísticos e regiões centrais.
As participantes puderam desfrutar de uma visita pelo Mercado Municipal, onde viram comidas típicas mineiras, além de artesanato regional.
O passeio continuou com uma visitação à uma Exposição de fotos na Oficina Cultural, e em seguida à Casa da Cultura, onde fomos agraciados com uma pequena apresentação de Piano e música Clássica.
Após passarmos pelas áreas centrais da cidade como a Praça Tubal Vilela, Praça do Coreto e Shopping, o passeio foi encerrado com um lanche no Parque do Sabiá.










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1º Encontro Regional de Travestis e Transexuais do Triângulo Mineiro.



No sábado, 8 de maio de 2010, a Associação das Travestis e Transexuais do Triângulo Mineiro - Triângulo Trans realizou no anfiteatro do bloco 2A do Campus Umuarama da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), o 1º Encontro Regional de Travestis e Transexuais do Triângulo Mineiro.

O evento promoveu o debate sobre os direitos das travestis e transexuais e contou com o apoio do Programa de Extensão “Em cima do salto: saúde, educação e cidadania”, desenvolvido pela Faculdade de Medicina, pelo Instituto de Psicologia e pela Pró-reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis (Proex), da UFU, e pelo grupo Shama (Associação Homossexual de Ajuda Mútua)

O encontro contou com a presença de várias personalidades de destaque no movimento social de travestis, bem como com a presença de algumas autoridades universitárias, municipais e estaduais.

O encontro foi iniciado pela fala de Pâmela Volpe (presidente da Triangulo Trans), seguido pela conferência de Keila Simpson (vice-presidente Trans da ABGLT) sobre militância travesti no Brasil.

Após essa conferência, houve uma mesa-redonda intitulada "A comunidade Trans e a saúde pública no Triâgulo Mineiro". Nessa mesa-redonda, participaram Cláudia M. B. Spirandelli (coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids), Rosuíta Fratary (médica Professora da Universidade Federal de Uberlândia), com a mediação da Dra. Mariana Umezaki (Ambulatório de Saúde das Travestis).

As atividades foram retomadas às 14 horas com a mesa-redonda "Prenome social: um passo rumo à cidadania". Estiveram presentes: Tyna Wanderley (pioneira na inclusão do nome social no registro civil no Triângulo Mineiro), Maria Terezinha Tavares (advogada da Shama e professora da Faculdade de Direito/UFU), Walkiria La Roche (Centro de Referência - Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros - LGBTTT do Estado de Minas Gerais), com a mediação de Rita Martins Godoy Rocha (coordenadora técnica do programa “Em Cima do Salto”/UFU).

Seguindo com as atividades, a última mesa do encontro foi intitulada “A juventude LGBT do Triângulo Mineiro”, com a participação de Sayonara Nogueira (professora Trans), Saulo Marcus Lima (coordenador do Núcleo de Pesquisa e Produção da Identidade Cultural LGBT), Alexia Dchamps (coordenadora de Desenvolvimento Social e Juventude da Triângulo Trans), e com a mediação de Alcione Araújo (assistente social – Shama).

O encontro terminou de forma emocionante com a participação de todas as integrantes da ONG Triângulo Trans no palco falando de suas experiências e expectativas para com o trabalho iniciado na ONG. O encerramento contou ainda com apresentação de grupo de dança, show de travesti e homenagem ás mães.

A seguir fotos do encontro:









4.5.10

Campanha: Sou travesti. Tenho direito de ser quem eu sou


Principais alvos da violência discriminatória, travestis de todo o país criaram material para sensibilizar a população contra o preconceito. A campanha de promoção de direitos humanos e prevenção à aids contém toques de celular, telas de descanso e vídeos de celular, cartazes e folderes.

É a primeira vez que as travestis produzem e criam o conceito de um material destinado para elas mesmas. Com o slogan “Sou travesti. Tenho direito de ser quem eu sou”, a proposta é promover a inserção social e a imagem positiva das travestis, além de disseminar o conhecimento sobre as formas de prevenção a aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, além do o combate à violência e à discriminação.

Segundo a diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Mariângela Simão, produzir o seu próprio material as torna protagonistas de suas próprias histórias. Na vida real, elas não são ouvidas, nem vistas. Não acolhidas de forma adequada nos serviços de saúde, elas também têm mais dificuldades para recorrer aos instrumentos necessários à prevenção às DST e outros problemas de saúde.


Fonte: Site do Ministério da Saúde

Imagens: Reprodução